As cores do clube são o verde e branco. Quando fundado em 1914,
tinha também o vermelho, mas foi retirado
por causa da Segunda Guerra Mundial. O Brasil na época entrou em guerra contra
o Eixo (Alemanha, Itália e Japão), por pressão do governo nacional, o vermelho
foi tirado e o time que na época era chamado de Palestra Itália virou Palestra
de São Paulo virou o Palmeiras.
Em 2005, no dia 11 de outubro, foi sancionada na
cidade de São Paulo a Lei n.º 14.060, que definiu o dia 20 de setembro como o "Dia da Sociedade
Esportiva Palmeiras", que passou a integrar o Calendário Oficial do
Município de São Paulo.HISTÓRIA
A História
da Sociedade Esportiva Palmeiras começa no dia 26 de agosto de 1914,
quando o clube foi fundado por imigrantes italianos na cidade de São Paulo com
o nome de Società Sportiva Palestra Italia, há um monte de fundadores, mas os principais são quatros:Luigi Cervo, Ezequiel Simone, Luigi Emanuelle Marzo e Vicenzo Ragognetti.
Os
fundadores:
A vida de
nosso personagem não foi melhor nem pior do que a da maioria dos “oriundi”,
como eram conhecidos os italianos que deixavam sua pátria. Nos quase 50 anos em
que viveu no Brasil, este imigrante mostrou o espírito aberto às coisas de
nosso País, sem deixar de lado o amor pela Itália.
Mas houve
um único detalhe, um pequeno item que marcou para sempre o nome de Caetano
Tozzi e de uns poucos outros italianos foi um dos fundadores do Palestra
Itália. Era o início de um marco na história do futebol brasileiro e mundial.
Os
italianos queriam também jogar futebol, ou como eles diriam, cálcio.
Mal o
Torino e o Pró Vercelli embarcaram de volta à Itália e os quatro italianos trabalham
no intuito de fundar o clube com o qual tanto já sonhavam. Não haveria mesmo
momento mais propício, já que toda a comunidade italiana se encantara com a
presença das duas equipes patrícias. O Torino e o Pró Vercelli ajudariam na
fundação do Palestra.
Na época,
circulava em São Paulo um jornal, o “Fanfulla”, órgão oficial e porta-voz
voltado aos italianos, que trazia, sempre, notícias da Velha Bota. Como Ragognetti
era um de seus fundadores, não teve dúvidas em conclamar a presença de todos os
conterrâneos, na edição do dia 19 de agosto de 1914. O texto era o seguinte:
“Todos os quais desejarem participar da criação de um clube italiano de cálcio
(futebol) devem comparecer às 20h00 no número 2 da Rua Marechal Deodoro para a
reunião de fundação do Palestra Itália”.
As pessoas
pensaram que o clube teria, como os outros da época, recitais e bailes. Mas
não: os quatro rapazes estavam decididos que o carro-chefe do Palestra Itália
seria o futebol, e disso não abririam mão. Os descontentes e decepcionados se
foram, e uma nova reunião foi marcada para a semana seguinte, dia 26 de agosto
de 1914. Nela, enfim, seria fundado o Palestra Itália.
Foram seis
longos dias de muita expectativa. Cervo, Simone, Marzo e Ragognetti mal puderam
esperar até que chegasse aquela data. Mas, enfim, o dia 26 de agosto de 1914,
uma quarta-feira, entraria para a história. Exatamente na hora marcada, estavam
presentes ao número 2 da Rua Marechal Deodoro exatas 46 pessoas, hoje
consideradas os fundadores do clube.
Foram
tempos difíceis. Os fundadores ficaram tão emocionados com a fundação do time
que deixaram o dinheiro pra segundo plano e eles não tinham muito dinheiro,
senão pouquíssimo.
O primeiro
presidente do clube foi Ezequiel Simone. Não bastassem os bolsos vazios, aquele
italiano se viu às voltas também com uma série de conflitos de interesses, já
que todos os 46 sócios-fundadores se julgavam no direito – e de fato o tinham –
de fazer valerem suas opiniões particulares.
Pressionado,
Ezequiel Simone permaneceu no comando por apenas 19 dias, cedendo seu posto a
Augusto Vicari.
Em seu
lugar no Palestra assumiu Leonardo Paseto.
Com a
guerra a colônia deixou de enviar ao Palestra os fundos que costumeiramente
fazia. Não eram muitos, mas eram alguns. Tal dinheiro passou a ser enviado à Cruz
Vermelha e à Pró-Pátria.
Paseto
chegou à conclusão de que o melhor para todos, inclusive para o Palestra, seria
a morte do time. Dali a pouco, acreditava, a guerra terminaria e, então, todos
se reuniriam para ressuscitar o querido clube e o tornar grande e forte.
Mas não
era desta forma que um dos idealizadores, Luís Cervo, pensava. Quase sempre
calado, ele resolveu intervir de forma mais direta, como nunca fizera antes. Um
murro na mesa e o juramento de que o Palestra não iria morrer, que o seu ideal
e o dos outros três jovens imigrantes – Ragonetti, Marzo e Simone – haveria de
vingar. “Uma partida de futebol! Temos que organizar uma partida de futebol!”,
gritou Cervo. “Assim mostraremos que estamos vivos e que seremos grandes!”,
concluiu.
O placar
de 2 a 0, feito com os gols de Bianco e Alegretti, deu um novo sopro de vida ao
Palestra, pouco antes fadado ao esquecimento.
Não fosse
a ação de homens como Luís Cervo, certamente hoje não existiria o Palmeiras.
A segunda
guerra mundial iria interferir mais ainda no Palestra. Quando o Brasil entrou
na guerra do lado dos Aliados contra os países do Eixo (Alemanha, Japão e
Itália).
Teoricamente,
o Palestra, era apenas um time do futebol brasileiro, que nada tinha a ver com
tudo isso. Mas por meio de um decreto-lei, assinado em junho de 1942, o
presidente Getúlio Vagas obrigava todas as instituições esportivas que tivessem
nomes estrangeiros a mudar suas denominações.
Mas a
mudança mais traumática foi mesmo a nossa, a do Palestra Itália de São Paulo,
pois que então, sem dúvida, já se tornara um dos grandes do futebol brasileiro.
Houve profunda relutância por parte de diretores, conselheiros e torcedores em
aceitar tal imposição governamental. E mais tarde nasceria o Palmeiras. O
vermelho que antes era cor do clube seria retirada também.”
Na sua primeira partida com o novo nome,
sagrou-se campeão paulista com uma vitória sobre o São Paulo FC no Estádio
do Pacaembu. Nas décadas seguintes, ampliou seu acervo de títulos e se
consolidou com uma das equipes mais importantes do Brasil.
Nos "anos de ouro" do futebol
brasileiro, quando o País conquistou seus três primeiros títulos mundiais de futebol
o Palmeiras era um dois poucos times que conseguiam ser páreo para o Santos de Pelé,
considerado um dos maiores times do mundo em todos os tempos. Na ocasião, por
conta da técnica apurada e pelo toque de bola refinado de seus jogadores, o
Palmeiras foi comparado durante anos a uma "Academia de Futebol", que
teve entre os principais protagonistas, em duas fases distintas e consecutivas,
grandes nomes do futebol, como Ademir da Guia, Dudu, Julinho Botelho,Djalma Santos, Servílio, Tupãzinho, Luís Pereira, Leivinha, César e Leão
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