domingo, 7 de dezembro de 2014

Minha Retrospectiva do Palmeiras 2014

O ano de 2014 no Palmeiras foi muito tumultuado, minha vida também foi, encontro e reencontro com amigos, escola, notas, estudos, trabalhos e tal. Por isso fiquei bastante tempo sem postar nada de novo, mas isso termina agora. Quero relatar aqui como eu, palmeirense, fiquei em 2014.
Muitos jogadores deixaram o time como Marcos Vinicius, Patrik, Márcio Araújo (esse muito torcedor comemorou a saída), Fernadinho, Charles, Léo Gago, Rondinelly, (ou seja, os caras, exceto o Leandro, da negociação do Barcos), Bruno Dybal, Vilson que foi importante na série B e também é da negociação do Barcos, Caio Mancha, Ronny, Ananias e nem ficamos com Luiz Gustavo quando voltou de empréstimo.

O começo do ano foi otimista. Sou uma pessoa otimista, admito. O Palmeiras acabava de voltar para série-A como campeão da segundona, e Paulo Nobre providenciou reforços, porém nenhum de grande peso, mas eu apostava tudo no Rodolfo, França, William Matheus, Diogo, e com as voltas de Mazinho e Patrick Vieira. E me alegrei com os nomes de Lúcio, Victorino, Marquinhos Gabriel e Bruno César (que apesar de não ter recebido uma sequencia, me decepcionou).

Começamos o paulistão com dificuldade demais para uma equipe de tradição como o Palmeiras. Fernando Prass, Henrique, Alan Kardec, Valdívia, até mesmo o Wendel, foram a base de um time que com vitórias apertadas chegou a fase final do campeonato, mas não conseguiu ir em frente. Porque foi eliminado pelo poderoso Ituano, numa falha do goleiro Bruno que precisou entrar no lugar do Prass. Aquele time era só quebra-quebra, machucaram o Valdívia e o Alan Kardec antes.
Também foi uma época triste. Eu ficava pensando "nossa, deve ser difícil pro Kleina formar a zaga tendo Lúcio, Henrique e Victorino (que na época estava lesionado, o que deixava a meu ver mais fácil escolher). E então ele foi negociado para o Napoli. Não acreditei, o xerifão, o capitão, o líder, o ídolo, foi mandado embora. Se já foi difícil aceitar que Paulo Nobre não manteve Barcos, foi menos ainda a ida do Henrique.

Me contentei que Gilson Kleina, um técnico incompetente e teimoso, continuava ali escalando Wendel que estava oscilando muito, na maioria para pior, escalando Felipe Menezes, Juninho, Leandro que esqueceu o talento na série B, Weldinho, sem dá chance para Eguren, Mendieta, William Matheus, Bernardo, Marquinhos Gabriel... Toma no cú, desculpe, mas vtnc.

Pensei que iriamos sem sofrer muito no brasileirão, tínhamos Lúcio, Alan Kardec e Prass que estavam na seleção do paulistão. Tínhamos ainda Paulo Henrique, Bruninho e Josimar (que sinceramente, dos 3, não vi nenhum de fato jogar no ano).
E então Paulo Nobre aprontou de novo. Vendeu, ou melhor, perdeu Alan Kardec, nosso artilheiro, para o São Paulo. A praga de palmeirense só deu certo no pênalti mal-batido, porque no resto do ano até que foi bem, idem para Barcos. Melhores que o Henrique, ex-portuguesa.

Nas escalações, eu percebi que mesmo com Wellington tendo feito um bom paulista, Patrick Vieira voltando do Japão assim como o Mazinho, vi que o técnico não gostava de escalá-los. Foram queimados pelo rebaixamento. Algo que acho muito injusto e falarei mais tarde.

Então veio a Copa do Mundo. Gilson Kleina demitido e começa de fato o trabalho de Ricardo Gareca. Eu achei o trabalho de Alberto Valentim até que bom, teve mais vitória que derrota, escalou Rodolfo com raça, William Matheus no lugar do Juninho, Marquinhos Gabriel, revelou um Fábio a altura de Prass (lesionado). Gareca então mandou contratarem craques e recebeu as 3º opções: Tóbio, Mouche, Allione e Cristaldo.
Do time saíram Vinicius, Bruno Oliveira, Pegorari, França (que era baladeiro), Serginho (que até que era bonzinho), Paulo Henrique, Tiago Alves, Miguel Bianconi... William Matheus e Marquinhos Gabriel.
De novo eu me perguntei porque Paulo Nobre fez isso. Os caras entravam mó bem em campo, um lateral-esquerdo e um meia-atacante, Palmeiras não contratou ninguém para repor nessas posições.

Mas eu estava confiante nesse time cheio de estrangeiros. Que fiasco, mas também Gareca já enfrentava certa resistência, brigou quando não aceitou um lateral prestes a se aposentar e um jogador de um timinho qualquer, porque sabia que não ia dar certo. E para piorar, um monte de jogos difíceis, sem Prass e Valdívia lesionados e com um Fábio que do nada começou a falhar e frangar, até mesmo marcar gol contra.

Mas serviu também para ver novas opções. Gareca é famoso por promover jogadores da base e assim fez com Victor Luiz, Léo Cunha, Wellington, Eduardo Jr. e Erik. Victor Luiz aliás virou titular absoluto da lateral-direita.
Mas os resultados ruins pesaram e Gareca foi demitido. Não o culpo, sinceramente estava se adaptando, pegou a fase mais hardcore, lutou contra desconfiança e rixa, não contou com os pilares do time que pegou no meio do ano. Sinceramente saiu de cabeça erguida.

E então veio Dorival Jr. para salvar o Verdão que estava na zona de rebaixamento e ainda por cima ficou na lanterna. Para tanto contou com a volta de Fernando Prass, Valdívia e uma fase de sorte de Henrique que chegou a ser artilheiro isolado do campeonato. E promoveu a base, com o zagueiro Nathan e o lateral-direito João Pedro, que simplesmente assumiram suas vagas no time e foram convocados para a seleção de base. Saímos da zona vermelha e até ficamos um tanto que confortáveis após a vitória contra o Bahia em Salvador.
Mas então fomos eliminado da Copa do Brasil pelo Atlético-MG, vieram pontos perdidos, vitórias reduzidas a empates, ou derrotas de virada e então Valdívia se machucou. O time depende demais do cara, que foda mano, isso é muito ruim, depender de um só cara. Wesley só no corpo-mole como fez o ano todo. Juninho arruinando a lateral-esquerda e queimando Victor Luiz, escalando Henrique e Rodolfo (o ataque da rebaixada Portuguesa).
E os argentinos no banco. E sem mais chances para jogadores talentosos da base como o super-artilheiro Gabriel Fernando. Os argentinos reclamam, e com razão. São muito melhores do que esses que Dorival Jr. escala e Mouche e Cristaldo inclusive já decidiram placares. E nem utilizava os jogadores pedidos, Jailson tudo bem por ser goleiro (que fase para Bruno, Deola, Fábio e os outros da base), mas Washington mostrou-se um bom volante. Vai entender.

E então veio o jogo contra o Atletico-PR. Vitória e estaria assegurado na série-A. Empate teria que torcer pelo tropeço do Vitória. Derrota, torcer pelo tropeço do Vitória e do Bahia. Deu empate. E até o fim sofremos e comemoramos a Santos e Coritiba triunfando. Vergonhoso? Sim, mas o time é uma vergonha.
Para mim, vai ficar na memória os jogadores dessa partida: Prass, João Pedro, Lúcio, Nathan, Victor Luiz, Renato, Gabriel Dias, Wesley, Valdívia, Mazinho, Henrique, Cristaldo, Victorino e Mouche.
Os caras que pelo menos não nos rebaixaram.
Como muitos estão dizendo, fica Prass, Mago, os da base e os argentinos. O resto pode tudo ir embora.
E que 2015 seja bem melhor. E Paulo Nobre, sei que fez um bom trabalho na parte financeira, mas deixa de se intrometer na parte do futebol e libera mais verba para contratar. Vai poder fazer isso com um patrocinador master.

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